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Bom Karma... ou não!

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

FANTASPORTO' 08


Tantos dias afastado aqui do blog, só podiam mesmo ser explicados pelo início do Fantasporto, oficialmente na Segunda, e logo com “No Country For Old Men”.
Não pude ir, não pude ver o vencedor dos Oscars em primeiríssima mão, e como tal, tudo começou para mim no dia seguinte.


E portanto, é a 28ª edição do festival de cinema mais famoso de Portugal, que este ano até já teve o seu ponto mais alto, a presença do enorme Max Von Sydow para umas conferências de imprensa, e que fica desde já assinalada por uma situação completamente nova: este ano, e ao contrário do que sempre sucedeu, a primeira das duas semanas do certame não é dedicada aos filmes que ano, após ano, após ano, após ano, são repetidos nas salas do Rivoli. Filmes – alguns muito mauzinhos – que fazem parte (inexplicável e orgulhosamente) do espólio do Fantas, e para os quais já ninguém tem pachorra! Este ano, e só para contrariar, a primeira semana será preenchida por obras que, à partida, nunca terão uma carreira comercial no nosso país. Nem sempre isso é bom, e cheira-me, a dizer pela amostra, que esta primeira semana foi ocupada com os filmes que seriam excluídos do festival por apresentarem tão pouca qualidade. Vamos andando e vamos vendo…

Seja como for, há razões de sobra para acreditar que se poderão ver por ali um punhado de bons filmes. Nomes tão comuns no Fantas como Takashi Miike, Jaume Balagueró, Tsui Hark, Kim Ki Duk e especialmente Dário Argento e Bill Plympton, podem ser a garantia de alguma qualidade, coisa especialmente complicada de encontrar quando estamos perante mais de trezentos filmes em exibição.

Até ver, e como já referi, a amostra não foi assim lá grande coisa; alguns maus filmes, um ou outro sofríveis, e as habituais e irreais sinopses a enganarem o público, que ao ler coisas como “terror psicológico”, “denso e perturbador” ou “psico-thriller de ambiente” – seja lá o que isso for – entra na sala convencido de que vai ver uma coisa, e sai irritado com a distância cruel da realidade. Mas enfim, nada que surpreenda quem já tem 21 anos disto, e que se vê obrigado a tentar encontrar algum humor na situação.

Ainda assim, promete a sessão de encerramento, com o novo filme de Frank Darabont – o realizador de “os Condenados de Shawshank” – que, partindo de mais um conto do mestre Stephen King, faz uma aproximação ao “The Fog” de John Carpenter. Soa a reciclagem, mas também soa a Fantas vintage…
Enfim, vão ser duas semanas de cinema para encher a barriguinha, e duas semanas em que volta e meia volto aqui para uma pequena actualização dos acontecimentos.

Para já uma constatação: o clássico e maravilhoso ambiente do festival morreu de vez. Já estava moribundo há uns bons anos, e agora levou finalmente o tiro de misericórdia, ironicamente, através desta nova lei de proibição do tabaco em espaços fechados. Acabaram-se os intervalos repletos de malta amante de cinema, discutindo a forma clínica como o actor foi estripado, ou as mamas da gaja meio dragão, meio bruxa. Paciência.
Assim que puder volto com crónicas e imagens, sim?

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2 Comments:

  • At 20:52, Blogger M said…

    amigo nuno. não consigo contactar-te por telefone. liga-me tu quando leres isto.

    abraço
    mouro

     
  • At 02:02, Blogger António Raminhos said…

    Ok... vai lá gozar a ressaca. E tu ò Sandro deixa o Matos sossegado que o rapaz precisa de descansar.

    AR

    www.antonioraminhos.blogspot.com

     

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