POLITICACA
Ok...
Não costumo dedicar tempo a estes assuntos, mas a confusão vai tão colorida que não pude evitar.
Paulo Portas vence as eleições internas do seu partido - o famigerado PP - por verdadeira goleada, e logo ali, no momento da vitória, se perceberam as hienas a rondar o «senhor que traz a carne à jaula». Ribeiro e Castro saiu pela porta mais pequena que existia e de cabeça tão baixa que mais parecia o Marques Mendes. Estranha a lógica da política, não é?
Mais eleições, desta vez na Nigéria, e novamente os problemas do costume. Uma das partes vence aquela porcaria, e a outra reclama por justiça, que aquilo foi tudo uma roubalheira, uma pouca-vergonha, um roubo, e etc. E pergunto: mas porque é que alguém ainda quer deter o poder de algum dos países africanos? Qual o interesse? Aumenta exponencialmente o perigo de se ser considerado corrupto, de andar metido no negócio de armas, diamantes, ouro, petróleo, urânio, mão-de-obra escrava; de ceder às pressões das grandes potências e de fazer diversas concessões no sentido de…
Ok, já percebi.
Seja como for, dada a contínua repetição dos problemas emergentes de mais uma eleição num país africano – onde suspeito que até as eleições para delegado de turma numa escola secundária provoquem mortos, ferido e estropiados -, parece-me que é chegada a altura da comunidade internacional se unir e mudar as regras do jogo, A partir de agora, os líderes africanos – e de outros países terceiro mundistas – seriam escolhidos por eleições, sim, mas eleições levadas a cabo, por exemplo, na ONU. Pronto. É obvio que o jogo de interesses seria exactamente o mesmo, disso não tenhamos dúvidas. Mas a verdade é que se evitavam os confrontos habituais entre as dezenas de milhar de etnias existentes por metro quadrado em países da chamada África negra.
Por outro lado os senhores do PNR deixavam de ter programas recreativos com que se entreter… Depois tinham de sair das suas celas, para esticar as perninhas, e de conhecer os «meninos» da tal África negra bem de pertinho.
Em França, o parolo-burguês-racista/xenófobo-conservador vai mesmo vencer as eleições – o mesmo é dizer, continua tudo na mesma.
Cá pelo burgo, o Jardim continua a ser o Rei Momo de serviço do circo político mais ridículo e desnecessário que existe no mundo – África incluída: as eleições na Ilha da Madeira. Sinceramente, porque é que insistem? Porque é que a oposição gasta tanto dinheiro em campanhas eleitorais quando sabe que as eleições estão perdidas à partida? Porque é que não investe esse dinheirinho num bom e fiável sniper? Sobraram tantos dos conflitos nos Balcãs…
Obviamente, já nos esquecemos que o nosso primeiro-ministro comprou o curso que tem…
Na Rússia, Boris Yeltsin quinou, e aposto que terá sido de cirrose, ou cancro ou algum tipo de insuficiência, no fígado. Qual fígado? O mais engraçado nisto tudo – mais ainda do que as velhinhas imagens do ex-presidente russo bêbado como um relógio de parede, a fazer as figuras mais tristes que se podem imaginar – foi o discurso de homenagem que Putin, o actual presidente, fez na homenagem ao seu congénere, onde afirmou ser o velho Boris, “o rosto de uma nova Rússia, um país livre, liberal e aberto para o mundo”. Desculpe? Podia repetir? Alguém ainda se lembra das imagens das manifestações da semana passada em Moscovo, e da forte e decidida intervenção policial sob o argumento de que aquelas mesmas manifestações colocam em causa a ordem e lançam o país no caos politico e social?
Ou seja, continua tudo a mesmíssima merda de sempre!
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