Diário das férias - Final
Sou forçado a precipitar o registo dos maravilhosos dias de férias que passei entre Tavira, Lisboa e Porto. Este blog é só meu, mas as vidas das pessoas que passaram comigo não.
Mas antecipo o final do texto e afirmo: foram dias inesqueciveis. De felicidade e bem estar como já há muito não sentia.
O resto das férias não foi feito de dias, horas ou minutos sequer. Foram momentos bons, muito bons.
Momentos como a tua chegada, e a chegada de mais pessoas - o João, o Torpedo, o Liram - que acompanharam este final de férias em Tavira.
Os últimos dias em Tavira foram passados na companhia destas pessoas e na ausência dos meus irmãos. E a saudade foi imensa.
Fizeram falta.
Na praia, no caminho que nos leva à tenda, no café. Foram companheiros de viagem como nunca tinha tido. Alguma da magia destas férias foi com eles de regresso ao Porto.
O João e o Torpedo marcaram a sua presença aqui pelo humor e boa disposição sempre presentes. Fizeram-me rir com facilidade. Foi curta, a sua estada na ilha, mas também deixam saudades.
O Liram - israelita «apanhado» no caminho por este segundo grupo - tornou-se um amigo, uma companhia e, acima de tudo, um objecto de estudo. Obviamente havia muito a perguntar, e era inevitável a constante avalanche de dúvidas, questões e comparações. Troca de informação, claro. Foi bom ter uma visão de dentro do conflito - embora seja legitima uma certa sensação de que pode nunca ser uma opinião isenta.
Quanto ao resto...
Passei por alguns dos melhores momentos alguma vez vividos na ilha de Tavira. Foram palavras, sabores, sensações. Foi um longo abraço debaixo da via láctea e que poderia ter durado uma vida inteira.
Pela primeira vez em muitos meses - desde Novembro de 2005 - senti que algumas das minhas escolhas foram bem feitas. Posso até estar muito enganado, mas algo num olhar nestes últimos dias fez-me pensar em todas as coisas más que me aconteceram neste último ano como se não tivessem sido assim tão más. Mas foram. Mas serviram também para chegar a este estado em que me encontro.
Em Tavira voltei a apaixonar-me e a sentir-me amado e desejado.
Aconteceram algumas coisas desagradáveis, estas férias. Nasceram também por minha culpa e pela incapacidade que tenho de lidar com uma ou outra situação pelas quais nunca tinha passado. Há emoções que gostava muito de saber controlar, mas... a minha vida recente continua a influenciar a minha maneira de ser.
Seja como for, não foram desagradáveis o suficiente para lhes dar mais espaço aqui do que já foi dado.
Os dias em Lisboa e no Porto deram continuidade a um enorme sentimento de conforto e bem estar. Senti-me a pairar por estes últimos dias, e até tenho medo de voltar à rotina normal do dia-a-dia. Não queria perder isto que cresceu nas férias. Esta sensação, estes sentimentos.
Podia concluir disparando mais mil e um adjectivos referentes ás minhas férias de 2006, mas a conclusão, essa, está no primeiro parágrafo deste texto e é mais do que suficiente.
Resta-me uma última homenagem, mas está guardada para daqui a um bocadinho.
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