kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

quinta-feira, outubro 05, 2006



E de repente, num ano onde eu não acreditava ainda caberem mudanças, vejo-me perante a possibilidade de mais uma alteração de fundo na minha vida. Boa alteração.

Já foram tantas e acompanhadas por outras, por experiências novas ou antigas mas que estavam repousadas, à espera da melhor altura para surgirem de novo, mágicas.

Parece-me que 2007 tem tudo para ser um bom ano. Não necessariamente um ano excelente. Basta que seja um ano de equilibrio. Isso seria um muito bom ano.

Lentamente vou retomando algumas situações que, como já disse, estavam há muito paradas.
Com calma vou tentando tapar todos os buracos que criei na minha vida e que me criam tantas dificuldades, tanta falta de ar.
Acho que posso dizer que me sinto confiante, optimista e até um bocadinho contente comigo.

No entanto...
Sinto-me totalmente invisivel.
Inodoro.
Sem peso.
Sem peso na vida daqueles que amo.
Há dias - aqueles piores, que custam mais a passar - em que acredito mesmo que uma sombra tem mais poder na vida de um transeunte do que eu.

Deixem-me confessar-vos uma coisa. Daquelas que me faria corar, estivesse eu à vossa frente. Não estou, e essa é a melhor defesa para quem se quer confessar, não é?
Gostava de me sentir especial.
Sabem?
Quando sabemos ser a pessoa mais importante na vida de alguém.
Quando, como há dias comentei contigo, Ana, somos recebidos com o abraço mais forte do mundo, com o sorriso mais sincero de felicidade total e os olhos brilhantes de emoção pela pessoa que nos faz sentir assim: importantes.
Não é uma questão de ego, acreditem, o meu nunca foi muito insuflado.
É uma questão de algo enorme, expressado numa palavra pequenina, mas que não tem lugar neste espaço e que aparentemente não cabe no meu peito também. Tem que sair. Tem que ser libertado. E eu já não sei se o sei libertar...
E já não sei nada, de facto.
Sinto-me tudo menos importante. Sinto-me algo que o Carlos Moura criou para uma peça de teatro e que infelizmente ainda não saíu do papel: um morto em part-time. Sou importante em part-time; sou um ser humano em part-time; um vivo em part-time.
E estou muito cansado.

De repente, e como se tivesse sido castigado por muito o s ter chorado; numa reviravolta digna de um episódio da 5ª Dimensão, os meus fantasmas abandonaram-me e sou eu agora o fantasma.

2 Comments:

  • At 15:45, Blogger pinkpoetrysoul said…

    Nuno, desculpa estar a invadir o teu espaço, mas apeteceu-me muito comentar. De todos os textos que eu li aqui no teu blog, este parece-me o mais humano de todos, o mais sincero. Talvez porque eu me sinta como tu, embora as nossas vidas sejam totalmente diferentes, mas eu também sinto esse vazio de que falas... Deixa-me dizer-te que não és um fantasma de maneira alguma, que és uma pessoa fantástica e que a tua existência na vida das pessoas, ainda que breve, consegue marcá-las positiva e profundamente, tal como aconteceu comigo.

    Apesar de eu não ter muita experiência e ser de certo modo petulante da minha parte estar a dar-te conselhos, deixa-me dizer-te que, do pouco que eu aprendi, uma das coisas que mais me custou e que agora analiso com mais consciência, é que, nós não mandamos nos sentimentos das pessoas, e por muito que queiramos ser a pessoa mais importante na vida de alguém, isso não depende de nós...mas se fizermos alguém sentir que é a pessoa mais importante da nossa vida, podemos vir a receber muito mais do que estavamos à espera. O mais importante é fazer feliz quem nós gostamos, não fosse esse o princípio maior da Felicidade.

    Beijinho e fica bem!! =)

     
  • At 18:05, Anonymous Anónimo said…

    Quando te vir vou-te dar um abraço enorme c as minhas marufas esparramadas no teu tronco possante! Não vou mentir e dizer: "és a pessoa mais importante para mim", não o vou fazer porque analisando friamente há 1 ou duas pessoas q sem elas entraria na maior das depressões, mas esse dia vai chegar e terei que me preparar que são os papás e maninhos, porém tirando essas 2ou 4 pessoas TODAS as outras a que chamo amigos são extremamente essenciais para a minha felicidade, como actriz posso-te dizer que não são os bens materiais que me dão a felicidade mas sim a energia que consigo "abraçar" dos meus amigos. daí que o palhaço (como eu) ter a necessidade de criar sorrisos nas caras de qualquer mortal!
    Resumindo assim sendo, porque não tenho jeito para escrever te posso dizer que és MT importante para mim pois admiro-te imenso pela pessoa bonita que és por fora e por dentro...
    Voltando ao teatro lembra-te que num elenco a energia q passa para o publico é reflexo da energia que se partilha dentro da equipa.
    Sem duvida 2007 será diferente e garanto-te que projectos de qualidade vão surgir, por isso prepara-te!!!
    PRepara-te para o ataque das marufas!
    Beijinho

     

Enviar um comentário

<< Home