INTERDITO A MENORES DE 18
Nunca pensei dizer isto aqui no meu blog, mas as imagens que se seguem podem ferir a susceptibilidade de algumas pessoas.
E os nervos.
E o estômago.
Reservoir Dogs é a obra de estréia de Quentin Tarantino e a única que respeito. Para além de ser um dos meus filmes favoritos de todos os tempos.
Vi-o em estréia absoluta no Fantasporto, na velhinha sala do Auditório Nacional Carlos Alberto, e na altura várias foram as pessoas que sairam da sala a meio da projecção. Lembro-me inclusive de uma senhora que passou algo mal e necessitou mesmo de ajuda. Lembro-me ainda das horas que passei com o Xico numa estação de serviço depois de sairmos do cinema, ás três da manhã, e de relembrarmos o filme uma e outra vez, e de o dissecarmos até à miligrama.
A história de Reservoir Dogs é muito simples. Um assalto a um banco corre mal, e é só. O que se segue é uma convulsão de emoções, energia, intensidade, desconfiança e a sombra de uma traição, tudo num velho armazém abandonado.
A sequência que podem ver aqui embaixo, ficou conhecida como a cena da orelha, e acreditem, é mesmo para quem pode, não para quem a quer ver. Até eu, com tanta experiência em filmes-choque me contorci enquanto as imagens me passavam à frente.
Não vos conto o que por lá se vê, mas adianto-vos que está extremamente bem filmada, muito bem interpretada e é, apesar da violência que a envolve, incrivelmente cool.
Como nunca mais Tarantino conseguiu ser. Levou o coolness longe demais sem o saber dosear com as doses certas de tudo o resto. Nomeadamente da intensidade que emana deste filme.
Portanto, vejam com os vossos prórpios olhos...
se conseguirem.
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