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Bom Karma... ou não!

quarta-feira, julho 12, 2006

A história do homem que muito transpirava

Justiniano Maravilha era um homem que muito transpirava,
e que por essa complexa razão as mulheres enojava.
Era esta a cruz que Justiniano tristemente carregava:
não podia nunca fazer sexo porque escorregava!

Tentou de tudo, aromaterapia, chás e botox injectado;
acunpunctura, moxabustão e por um chinês ser massajado.
Mas até o chinês dele fugiu a correr e a gritar,
por tanto nojo lhe meter alguém que mais parecia o alto mar.

Vivia triste, o Justiniano, com esta terrivel maldição,
desde o dia em que tinha tentado fazer sexo com a Maria João
e ela, por causa de tanto suor, nunca pelo seu «tamanho»
tinha saído disparada como um sabonete no banho.

Eram sempre minutos de vergonha imensa,
Justiniano escorria como azeitonas numa prensa.
As mulheres bem tentavam, paciência não lhes faltava,
mas quanto mais elas se mexiam, mais ele destilava.

Prestes a desistir e a entrar para um convento,
conheceu Hermelinda Bezugo, feia como um jumento,
mas que rapidamente por ele de amores se perdeu
e que o seu problema surpreendentemente compreendeu.

Pois Hermelinda tinha também problemas semelhantes,
e que a impediam igualmente de viver aventuras escaldantes.
Não transpirava como Justiniano, sempre a pingar e a escorrer,
o seu problema era outro, de origem intestinal e muito difícil de conter.

Era poluente e desagradável, barulhento, nefasto e fedorento,
mas a Justiniano isso não incomodava, pois estava enamorado do seu «jumento».
Encontraram assim a solução para os problemas nas suas vidas,
juntar-se-iam e seriam para sempre duas almas pelo nojo unidas.

Diz quem sabe, que a lua de mel do feliz casalinho não podia ser mais ardente,
um a suar como uma cascata , o outro a soltar gases como um balão de ar quente.
A vizinhança mudou-se, partiu por causa de tanto nojo, tanto mau cheiro,
deixando o casalinho à vontade para fazer sexo pelo prédio inteiro.

Viveram felizes para sempre, o suor e o gás mal cheiroso,
criando a união perfeita, o entendimento ideal, o amor precioso.
E no mesmo prédio vivem até hoje, enamorados e cheios de petizes,
um, incontinente, outro, bulímico e uma menina,
carregadinha de varizes.

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