Era uma vez o Homem Que Estava.
Vivia num muro, no Jardim Que Miava.
Dos anos que passara ali já não havia memória,
mas todos pareciam saber da sua triste história.
Era a história de um coração magoado, partido,
pela força de uma paixão que o havia esquecido.
Desde então vivia ali, no seu muro sentado,
onde passava os dias pensativo, tranquilo e calado.
Como pôde a paixão, do meu coração se esquecer?
perguntava-se todos os dias, sem nunca saber responder.
Pois tinha sido essa, e nenhuma outra razão,
a causa daquele sufoco, aquele aperto no coração.
E desta maneira ali estava o Homem Que Estava.
Alimentava os passarinhos e com as crianças conversava.
Era magro e muito alto, altivo e elegante,
sempre bem ataviado e muito bem falante.
Tinha começado a gostar deste seu modo de vida,
do muro, da tristeza e até daquela profunda ferida.
Tinha mesmo feito amigos, camaradas e companheiros.
A Senhora Dos Pombos, o Homem Que Acenava, os carteiros.
Perdia-se em conversas com o Abandonado Vestido Preto,
ria-se e dançava com as Esquecidas Cadeiras Do Coreto.
Soprou as velas no seu bolo, na festa no muro que o Chorão organizou,
e onde pela Sombrinha Abandonada perdidamente se apaixonou...
Iluminou-se aquele muro, como nunca nenhum lampião naquele Jardim.
O Noivo Deixado, habitante mais antigo, jurava jamais ter visto luz assim.
Homem e Sombrinha eram um regalo para a vista, uma visão de beleza,
a prova viva de que o amor pode renascer, mesmo da dor e da tristeza.
E a luz, que parecia seguir os dois amantes para todo o lado,
aquecia o jardim e todos os que nele se tinham apaixonado.
Era a luz de um coração, outrora triste e dorido,
que batia agora forte e da dor do esquecimento se tinha...
esquecido.
Vivia num muro, no Jardim Que Miava.
Dos anos que passara ali já não havia memória,
mas todos pareciam saber da sua triste história.
Era a história de um coração magoado, partido,
pela força de uma paixão que o havia esquecido.
Desde então vivia ali, no seu muro sentado,
onde passava os dias pensativo, tranquilo e calado.
Como pôde a paixão, do meu coração se esquecer?
perguntava-se todos os dias, sem nunca saber responder.
Pois tinha sido essa, e nenhuma outra razão,
a causa daquele sufoco, aquele aperto no coração.
E desta maneira ali estava o Homem Que Estava.
Alimentava os passarinhos e com as crianças conversava.
Era magro e muito alto, altivo e elegante,
sempre bem ataviado e muito bem falante.
Tinha começado a gostar deste seu modo de vida,
do muro, da tristeza e até daquela profunda ferida.
Tinha mesmo feito amigos, camaradas e companheiros.
A Senhora Dos Pombos, o Homem Que Acenava, os carteiros.
Perdia-se em conversas com o Abandonado Vestido Preto,
ria-se e dançava com as Esquecidas Cadeiras Do Coreto.
Soprou as velas no seu bolo, na festa no muro que o Chorão organizou,
e onde pela Sombrinha Abandonada perdidamente se apaixonou...
Iluminou-se aquele muro, como nunca nenhum lampião naquele Jardim.
O Noivo Deixado, habitante mais antigo, jurava jamais ter visto luz assim.
Homem e Sombrinha eram um regalo para a vista, uma visão de beleza,
a prova viva de que o amor pode renascer, mesmo da dor e da tristeza.
E a luz, que parecia seguir os dois amantes para todo o lado,
aquecia o jardim e todos os que nele se tinham apaixonado.
Era a luz de um coração, outrora triste e dorido,
que batia agora forte e da dor do esquecimento se tinha...
esquecido.
4 Comments:
At 18:00, Red Janequinha said…
E que boa é a luz quando é fresca e renovadora.... quand entra e não quer sair de forma alguma!!!! Entrenha na pele, na Alma, no corção, na respiração, no olhar, no tacto.... :P
At 19:40, Ana Carolina said…
LINDO,adorei! Esse Homem é um Homem maravilhoso :)
bjokass
At 21:18, pinkpoetrysoul said…
Wow!! muito muito bem escrito...adorei...superaste as minhas expectativas...continua...;)
At 19:14, Anónimo said…
Para quando uma compilação destas e doutras histórias (contos de f*das, por exemplo...)??
Beijo
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