Apaixonarmo-nos. Sim ou não?

Ontem tive uma conversa interessante sobre se realmente vale a pena apaixonarmo-nos. Se vale a pena abrir essa porta sem se saber qual o resultado final. Para mim a resposta é muito óbvia. É claro que vale a pena. Estar apaixonado, enquanto as coisas não correm mal, é, na minha opinião, a melhor coisa do mundo. Mesmo que doa muito, e dói sempre, vale a pena. Porque nada que a gente possa fazer na vida consegue reproduzir a avalanche de sentimentos que nascem de uma paixão. Nada nem ninguém nos consegue preencher, realizar, sonhar e, também, consumir, como uma paixão. Seja ela correspondida ou não. Isso pouco importa. A sensação de estarmos apaixonados, de não conseguirmos tirar uma determinada pessoa da cabeça; a vontade de estar com ela até de manhãzinha, não comer se necessário, andar à chuva seja lá a que horas da noite só para a ver por alguns segundos; fazer as coisas mais lamechas e ridículas por essa pessoa... então não vale a pena?

Para além disso, é minha forte convicção de que não nos podemos impedir de dar certos passos na vida por termos receio do que possa vir a acontecer, ou pela incerteza, ou pela insegurança. A vida é para ser vivida na sua plenitude, já alguém dizia. E essa plenitude deve ser apaixonante e apaixonada.

A verdade é que acredito ser essencial à vida de um ser humano apaixonar-se perdidamente, sofrer desesperadamente, para se voltar a apaixonar perdidamente...
Nesse processo, aprendemos, experimentamos, conhecemos e vivemos.