A MONTANHA EXPLODIU UM RATO
Há uma coisa de que nunca se poderá acusar Roland Emmerich: o home é fiel ao seu estilo. Por outras palavras, o homem adora ver coisas a explodir, nomeadamente símbolos americanos. Já deu cabo de duas Casas Brancas, um Empire State Building, meia Nova Iorque e, mais recentemente, um Yellowstone e uma São Francisco. Só lhe faltava mesmo destruir 90% do mundo e da pior forma que lhe fosse possível.
Vai daí o que é faz? Pega numa teoria do fim do mundo muito mal amanhada pelos Maias, em meia dúzia de actores que se limitam a ler o guião que os respectivos agentes lhes mandaram, a gastar milhões em efeitos especiais e a realizar "2012".
E o filme é mau desde logo pela falta de coragem do realizador alemão em assumir que era melhor que aquilo tudo fosse um belíssimo exemplar de uma série B em vias de extinção. Se o tivesse feito talvez se safasse à grande. Como preferiu o caminho do blockbuster pueril, borrou a pintura.
"2012" tem uma boa hora a mais. Tem todo o aspecto de um mau jogo de Playstation. Tem diálogos indescritíveis. Tem situações de humor tão ridículas como inconsequentes. Tem uma sucessão de clichés de mau gosto inacreditável mesmo tendo em conta o realizador de quem se está a falar. E é mesmo tudo muito mau.
Engraçado é o facto de Emmerich parecer alternar, na sua carreira, filmes-catástrofe, como este, com produções mais aceitáveis e escorreitas. O chamamento dos dólares, talvez?
Etiquetas: Filmes Vistos
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