kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

segunda-feira, maio 25, 2009

GANDA MARINHO!!!

Quanto mais não fosse, o bastonário da ordem dos advogados tem razão numa coisa: Manuela Moura Guedes viola sistematicamente o código deontológico dos jornalistas. A semana passada, numa aula de televisão, a minha professora nos explicava o porquê do sucesso do jornal da noite da TVI. A sua fórmula, o seu formato e, acima de tudo, um pormenor interessante e que aparentemente escapa à maioria dos espectadores: é um serviço noticioso que é tudo menos sensacionalista. O pé só lhe foge para o chinelo nas edições apresentadas pela mulher do patrão. O seu estilo agressivo nem é o que mais choca. O que escandaliza aqueles que ainda acreditam no poder do jornalismo enquanto ferramenta imparcial de informação, é sua total ausência de pudor em emitir juízos de valor, a capacidade de proferir acusações - de forma directa e por meio de perguntas feitas em tom disso mesmo, de acusação - e a mania de ficar sempre por cima dos entrevistados. A última e mais forte palavra tem sempre de ser sua. Até se deparar com Marinho Pinto.
Obviamente mal informada - não dos assuntos abordados na dita entrevista, como também na matéria de facto, a justiça - Moura Guedes foi esmagada pela capacidade argumentativa do homem e pela facilidade (sobejamente conhecida) que Marinho Pinto tem em disparar acusações.
O resultado é lindo de se ver, e só peca pela falta de uns bons tabefes na cara plastificada da mulher mais irritante da televisão portuguesa.
Ao Correio da Manhã, Moura Guedes diria "Não levei muito a sério. Aliás, nos últimos cinco minutos nem o ouvi", admitiu. "Foi a primeira vez que um convidado perdeu o controlo. Mas eu estava a fazer o meu trabalho." Mentira. Basta ver a entrevista para perceber que até ao final a senhora teve bem atenta ao que dizia o bastonário, tentanto rebater de forma infantil as acusações proferidas. Marinho Pinto pode ter-se exaltado, é afinal o seu estilo habitual. Mas no fundo, Foi a entrevistadora quem perdeu o controlo, da entrevista e das suas emoções. O momento em que começa a recorrer ao mais básico sarcasmo é disso prova evidente.
Vou mudar de curso e formar-me em direito só para poder votar em Marinho Pinto.