Três dias foram suficientes para, na Venezuela de Chávez, duas pessoas que distribuíam panfletos nada abonatórios para o tirano serem presas e torturadas - ao bom estilo do antigamente - e para um homem, que se cruzava com uma manifestação contra a revisão constitucional que o presidente quer introduzir no país, ser morto, vítima do radicalismo cego dos manifestantes.
Na Venezuela de Chávez, os seus partidários já controlam a assembleia nacional, o supremo tribunal, a maior parte dos governos estatais e as indústrias do petróleo e da electricidade, e uma das 69 emendas que compõem a dita revisão, permite que Chávez crie novas regiões administrativas, governadas por vice-presidentes escolhidos por ele. Chávez, que se prepara para criar uma situação constitucional que lhe permitirá governar a Venezuela por décadas, sem oposição nem eleições - tendo já admitido que pretende governar o seu país até 2031.
Chávez usa o poder do seu petróleo e manobras populistas, como a redução da carga horária dos trabalhadores em duas horas diárias, e pensões para donas-de-casa e vendedores de rua, para conquistar o povo que certamente o manterá no poder enquanto for alimentado com a mais pura das demagogias. Alberto Barrera Tyszka, co-autor de uma biografia do presidente, considera não ser o governo venezuelano uma "ditadura, mas algo mais complexo: a tirania da popularidade”.
A Venezuela de Chávez está cada vez mais decorada com cartazes do seu líder; abraçado a uma idosa, beijando uma criança, condecorando militares ou sendo ele próprio condecorado pelo presidente iraniano, Ahmadinejad - um tirano condecorar outro pelo trabalho desempenhado na defesa dos direitos humanos é uma daquelas ironias inultrapassáveis.
Como se não bastasse, uma das reformas da constituição permite que ele declare estados de emergência durante os quase pode censurar estações de televisão e jornais.
Actualmente, a Venezuela de Hugo Chávez é a «democracia» de Hugo Chávez no seu melhor...
Fidel deve babar-se de orgulho.
Na Venezuela de Chávez, os seus partidários já controlam a assembleia nacional, o supremo tribunal, a maior parte dos governos estatais e as indústrias do petróleo e da electricidade, e uma das 69 emendas que compõem a dita revisão, permite que Chávez crie novas regiões administrativas, governadas por vice-presidentes escolhidos por ele. Chávez, que se prepara para criar uma situação constitucional que lhe permitirá governar a Venezuela por décadas, sem oposição nem eleições - tendo já admitido que pretende governar o seu país até 2031.
Chávez usa o poder do seu petróleo e manobras populistas, como a redução da carga horária dos trabalhadores em duas horas diárias, e pensões para donas-de-casa e vendedores de rua, para conquistar o povo que certamente o manterá no poder enquanto for alimentado com a mais pura das demagogias. Alberto Barrera Tyszka, co-autor de uma biografia do presidente, considera não ser o governo venezuelano uma "ditadura, mas algo mais complexo: a tirania da popularidade”.
A Venezuela de Chávez está cada vez mais decorada com cartazes do seu líder; abraçado a uma idosa, beijando uma criança, condecorando militares ou sendo ele próprio condecorado pelo presidente iraniano, Ahmadinejad - um tirano condecorar outro pelo trabalho desempenhado na defesa dos direitos humanos é uma daquelas ironias inultrapassáveis.
Como se não bastasse, uma das reformas da constituição permite que ele declare estados de emergência durante os quase pode censurar estações de televisão e jornais.
Actualmente, a Venezuela de Hugo Chávez é a «democracia» de Hugo Chávez no seu melhor...
Fidel deve babar-se de orgulho.
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