Ora bem, no Sábado acabei por finalmente ir ver o último capítulo da saga dos Piratas das Caraíbas, e... enfim, saí da sala, e depois de duas horas e meia de exibição, sem saber se tinha visto um bom ou um mau filme. Tinha a certeza de que tinha visto um filme estranho, isso sem dúvida alguma. Muita acção, sim senhor e tal, muita desbunda, isso também, mas uma enorme sensação de vazio.
Sabem aquelas novelas da TVI em que vale tudo e em que nenhum excesso de informação parece... excessivo? Assim é este filme. Trocas e destrocas, voltas e reviravoltas sem fim, num verdadeiro turbilhão de situações que nos baralham e nos deixam, no final das tais duas horas e meia, com a cabeça a andar à roda, De tal forma, que practicamente nem nos apercebemos do que afinal se passou por ali. Este casa com aquele, "eu sou o teu pai...", afinal o mau não era este mas sim aquele, quem é o traidor, quem são os traidores, quem é mais traidor, e damos por nós a gritar em plena sala de cinema "acabem lá com essa merda e vamos desenvolver a história, sim!!??".
Uma canseira, digo-vos eu. Uma grande e - ironicamente - chatice entediante como já não havia memória. Alguém deu total liberdade criativa ao realizador, e o miúdo passou-se e decidiu usar todosos truques de magia num acto só. E deu no que deu: um tremendo, embora sobressaltado, bocejo.
Já não havia pachorra.
Atrevo-me mesmo a dizer que a única coisa boa do filme, é uma das sequências finais, aquela em que vemos o barco Endeavour, da armada inglesa, ser completamente destruído pelos dois navios piratas. Filmado quase na primeira pessoa e bem dentro do caos. Lindo!
Fora isso...
Ah, mentira! A personagem de Keith Richards é brutalmente genial, e passa a ser um dos mais fantásticos cameos da história do cinema. Sem exagero.
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