kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

terça-feira, junho 06, 2006

Is everybody in? The ceremony is about to begin...




Hoje deu-me para o revivalismo nostálgico e dediquei-me a ouvir An American Prayer do Jim Morrison e, claro está, dos Doors. Foi a última coisa que o homem fez antes de morrer numa banheira em Paris.
E ainda bem que o fez.
A esta altura já devem estar a pensar pronto, lá vem este agora armado em freak.
Esqueçam isso. Esqueçam todo o folclore criado ao redor de Morrison e dos Doors. Para lá de toda a polémica, foram uma enorme banda rock.
Este disco, sendo um projecto a solo do lider, torna-se mais intimista e menos explosivo que os álbuns do colectivo, mas ainda conseguimos perceber toda a leveza e sensação de levitação induzida pela música deles.
É sabido que a música, seja ela qual fôr, induz diversos estados de espirito. Estou convencido de que estas, acompanhadas pela voz de Morrison e combinadas com substâncias mais ou menos ilícitas, conduzem a outros estados de espirito que nem sempre vêm nos livros.
Há dezasseis anos, quando descobrimos este disco, Chico, juramos que um dia haviamos de nos drogar fortemente ao som dos Doors, lembras-te? Já sei, os teenagers têm estas pancas e são sempre o máximo, e fazem sempre cenas muito à frente, não é?
Mas sabes, acho que agora que voltei a ouvir estas músicas, das quais ainda me lembro a letra, imagina, acho que te vou cobrar essa promessa.

Quanto à musiquinha de destaque, fica esta, Angels and Sailors.
Quase não chega a ser uma canção. Parece um sussurro. Palavras que se dizem ao ouvido dela quando estamos deitados e não conseguimos dormir. Fala de noites quentes em bairros degradantes; de pessoas reais mas que acreditamos só existirem no cinema underground.
E no entanto, nunca a voz de Jim Morrison foi tão delicada, tão doce, tão calma. Está-nos a contar uma história, ao mesmo tempo que declara o amor mais bonito do mundo, o seu, à mulher que ama e amou sempre.
Genial.

Angels and sailors
Rich girls
Backyard fences
Tents
Dreams watching each other narrowly
Soft luxuriant cars
Girls in garages, stripped
Out to get liquor and clothes
Half gallons of wine and six-packs of beer
Jumped, humped, born to suffer
Made to undress in the wilderness.

I will never treat you mean
Never start no kind of scene
Ill tell you every place and person that Ive been.

Always a playground instructor, never a killer
Always a bridesmaid on the verge of fame or over
He maneuvered two girls into his hotel room
One a friend, the other, the young one, a newer stranger
Vaguely mexican or puerto rican
Poor boys thighs and buttock scarred by a fathers bel
tShes trying to rise
Story of her boyfriend, of teenage stoned death games
Handsome lad, dead in a car
Confusion
No connections
Come ere
I love you
Peace on earth
Will you die for me?
Eat me
This way
The end

Ill always be true
Never go out, sneaking out on you, babe
If you'll only show me far arden again.
Im surprised you could get it up
He whips her lightly, sardonically, with belt
Havent I been through enough?
she asks
Now dressed and leaving
The spanish girl begins to bleed
She says her period
Its catholic heaven
I have an ancient indian crucifix around my neck
My chest is hard and brown
Lying on stained, wretched sheets with a bleeding virgin
We could plan a murder
Or start a religion.